segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS MAMÍFEROS

Origem e Evolução dos Mamíferos
A estrutura do teto craniano permite-os identificar três grupos de aminiotas, que divergiram durante o Período Cabonífero, na Era Paleozóica: sinápsidos, anápsidos e diápsidos.
 O grupo dos sinápsidos, que inclui os mamíferos e seus ancestrais, apresenta um par de aberturas laterais no crânio, onde se prendem os músculos da mandíbulas, ele também foram os primeiros amniotas a expandir-se sobre os hábitats terrestres.
Os anápsidos, têm como característica o crânio sólido, sem aberturas temporais, e incluem as tartarugas e seus ancestrais.
Os diápsidos têm dois pares de aberturas temporais, sendo o grupo que contém os dinossauros, lagartos, serpentes, crocodilianos, aves e seus ancestrais.
Descrição: E:\1.jpegOs primeiros sinápsidos irradiaram-se amplamente, dando origem a diversas formas herbívoras e carnívoras que são frequentemente chamadas em conjunto de pelicossauros, estes primeiros sinápsidos eram os amniotas mais comuns no início do Permiano. Os pelicosauros têm uma aparência geral que lembra os lagartos, mas essa semelhança é enganosa. Pelicossauros não são parentes próximos dos lagartos, que são diápsidos, nem formam um grupo monofilético.
De um dos primeiros grupos de sinápsidos carnívoros surgiram os terápsidos, o único grupo sinápsidos que sobreviveu após a Era Paleozóica, nos terápsidos, vê pela primeira vez um andar ereto sobre as quatro patas, com os membros verticalmente posicionados abaixo do corpo.
Com a diminuição da estabilidade geral devido ao aumento da distância entre o corpo e o solo, o cerebelo, que é o centro de coordenação muscular do encéfalo, teve seu papel expandido, os terapsidos irradiaram-se originando numerosas formas carnívoras e herbívoras, no entanto, diversas destas formas desapareceram durante a grande extinção que teve lugar no final do Permiano.
Apenas o último subgrupo de terápsidos a evoluis, os cinodontes, sobreviveu até a Era Mesozoica, ele desenvolveram diversos novos caracteres, incluindo uma alta taca metabólica, condizente com um estilo de vida mais ativo; aumento da musculatura da mandíbula, permitindo uma mordida mais forte; diversas modificações no esqueleto, resultando maior agilidade; e um palato ósseo secundário, que permite que o animal respire enquanto segura uma presa ou mastiga o alimento, o palato secundário foi importante na evolução subsequente dos mamíferos ao permitir que os filhotes respirem enquanto mamam.
Juntamente com as modificações biomecânicas associadas á postura mais elevada dos cinodontes, os ossos longos tornaram-se mais delgados, e desenvolveram-se processos ósseos nas articulações que permitiram ligações musculares mais firmes, a flexibilidade da coluna vertebral foi provavelmente aumentada devido á redução do número de costelas.
Os primeiros mamíferos do final do Período Triássico eram pequenos animais, do tamanho de um rato ou de um musaranho, com o crânio avantajado, maxilas redesenhadas com o propósito de cortar e um novo tipo de dentição denominada difiodonte, no qual os dentes são trocados apenas uma vez, este patrão difere marcadamente do padrão amniota primitivos de reposição contínua dos dentes durante a vida.
Os primeiros mamíferos eram, quase com certeza, endotérmicos, embora sua temperatura corpórea fosse provavelmente mais baixa que a dos mamíferos placentários atuais, os pelos foram essenciais para o isolamento térmico, e sua presença implica a evolução conjunta de glândulas sebáceas e sudoríparas, para lubrificar a pelagem e promover a dissipação do calor.
O registro fóssil nada indica a respeito do aparecimento de glândulas mamárias, mas estas devem ter surgido antes do fim do Triássico. Os filhotes dos primeiros mamíferos provavelmente eclodiam de ovos, em uma condição muito imatura, totalmente dependentes do leite, do calor e da proteção da mãe, esse modo de reprodução ocorre atualmente apenas nos monotremados (as équidnas e o ornitorrinco).
Descrição: E:\2.jpeg
Fonte: HICKMAN, C. P. Mamíferos In: Princípios Integrados de Zoologia. P.581

È interessante notar que os primeiro mamíferos do Triássico Médio, tendo desenvolvido praticamente todos os novos atributos que estão presente no mamíferos atuais, tenha espera 150 milhões de anos para atingir sua grande diversidade, enquanto os dinossauros tornaram-se diversos e abundantes, todos os grupos de sinápsidos  não mamíferos sobreviveram sob a forma que criaturas semelhantes a musaranhos , que provavelmente tinham hábitos noturnos. Então, Durante o Período Cretáceo, e especialmente durante o Eoceno, que os mamíferos modernos começaram a expandir-se rapidamente.
 A grande irradiação de mamíferos da Era Cenozoica é em parte atribuída aos numerosos hábitats vagos deixados pela extinção dos diversos grupos de amniotas ao final do Cretáceo, essa irradiação muito provavelmente deveu-se ao fato de serem animais ágeis, endotérmicos, inteligentes, adaptáveis e vivíparos, protegendo e nutrindo seus filhotes com seu próprio leite, e não tendo que se sujeitar a ôr ovos vulneráveis em ninhos desprotegidos.
Descrição: E:\3.jpegA classe Mammalia inclui 21 ordens, uma delas contendo os monetramados, outras os marsupiais e as de demais 19 constituídas por placentários.














Fonte: HICKMAN, C. P. Mamíferos In: Princípios Integrados de Zoologia. P.582
Refêrencias:
HICKMAN, C. P. Mamíferos In: Princípios Integrados de Zoologia. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan LTDA, 2010, p.578- 605.



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