Origem
e Evolução dos Mamíferos
A estrutura do teto craniano
permite-os identificar três grupos de aminiotas, que divergiram durante o
Período Cabonífero, na Era Paleozóica: sinápsidos, anápsidos e diápsidos.
O grupo dos sinápsidos, que inclui os
mamíferos e seus ancestrais, apresenta um par de aberturas laterais no crânio,
onde se prendem os músculos da mandíbulas, ele também foram os primeiros
amniotas a expandir-se sobre os hábitats terrestres.
Os anápsidos, têm como
característica o crânio sólido, sem aberturas temporais, e incluem as
tartarugas e seus ancestrais.
Os diápsidos têm dois pares
de aberturas temporais, sendo o grupo que contém os dinossauros, lagartos,
serpentes, crocodilianos, aves e seus ancestrais.

De
um dos primeiros grupos de sinápsidos carnívoros surgiram os terápsidos, o
único grupo sinápsidos que sobreviveu após a Era Paleozóica, nos terápsidos, vê
pela primeira vez um andar ereto sobre as quatro patas, com os membros verticalmente
posicionados abaixo do corpo.
Com
a diminuição da estabilidade geral devido ao aumento da distância entre o corpo
e o solo, o cerebelo, que é o centro de coordenação muscular do encéfalo, teve
seu papel expandido, os terapsidos irradiaram-se originando numerosas formas
carnívoras e herbívoras, no entanto, diversas destas formas desapareceram
durante a grande extinção que teve lugar no final do Permiano.
Apenas o último subgrupo de
terápsidos a evoluis, os cinodontes, sobreviveu até a Era Mesozoica, ele desenvolveram
diversos novos caracteres, incluindo uma alta taca metabólica, condizente com
um estilo de vida mais ativo; aumento da musculatura da mandíbula, permitindo
uma mordida mais forte; diversas modificações no esqueleto, resultando maior
agilidade; e um palato ósseo secundário, que permite que o animal respire
enquanto segura uma presa ou mastiga o alimento, o palato secundário foi
importante na evolução subsequente dos mamíferos ao permitir que os filhotes
respirem enquanto mamam.
Juntamente com as
modificações biomecânicas associadas á postura mais elevada dos cinodontes, os
ossos longos tornaram-se mais delgados, e desenvolveram-se processos ósseos nas
articulações que permitiram ligações musculares mais firmes, a flexibilidade da
coluna vertebral foi provavelmente aumentada devido á redução do número de
costelas.
Os primeiros mamíferos do
final do Período Triássico eram pequenos animais, do tamanho de um rato ou de
um musaranho, com o crânio avantajado, maxilas redesenhadas com o propósito de
cortar e um novo tipo de dentição denominada difiodonte, no qual os dentes são
trocados apenas uma vez, este patrão difere marcadamente do padrão amniota
primitivos de reposição contínua dos dentes durante a vida.
Os primeiros mamíferos eram,
quase com certeza, endotérmicos, embora sua temperatura corpórea fosse
provavelmente mais baixa que a dos mamíferos placentários atuais, os pelos
foram essenciais para o isolamento térmico, e sua presença implica a evolução
conjunta de glândulas sebáceas e sudoríparas, para lubrificar a pelagem e
promover a dissipação do calor.
O registro fóssil nada
indica a respeito do aparecimento de glândulas mamárias, mas estas devem ter
surgido antes do fim do Triássico. Os filhotes dos primeiros mamíferos
provavelmente eclodiam de ovos, em uma condição muito imatura, totalmente
dependentes do leite, do calor e da proteção da mãe, esse modo de reprodução
ocorre atualmente apenas nos monotremados (as équidnas e o ornitorrinco).

Fonte: HICKMAN, C. P.
Mamíferos In: Princípios Integrados de Zoologia. P.581
È interessante notar que os
primeiro mamíferos do Triássico Médio, tendo desenvolvido praticamente todos os
novos atributos que estão presente no mamíferos atuais, tenha espera 150
milhões de anos para atingir sua grande diversidade, enquanto os dinossauros
tornaram-se diversos e abundantes, todos os grupos de sinápsidos não mamíferos sobreviveram sob a forma que
criaturas semelhantes a musaranhos , que provavelmente tinham hábitos noturnos.
Então, Durante o Período Cretáceo, e especialmente durante o Eoceno, que os
mamíferos modernos começaram a expandir-se rapidamente.
A grande irradiação de mamíferos da Era Cenozoica
é em parte atribuída aos numerosos hábitats vagos deixados pela extinção dos
diversos grupos de amniotas ao final do Cretáceo, essa irradiação muito
provavelmente deveu-se ao fato de serem animais ágeis, endotérmicos,
inteligentes, adaptáveis e vivíparos, protegendo e nutrindo seus filhotes com
seu próprio leite, e não tendo que se sujeitar a ôr ovos vulneráveis em ninhos
desprotegidos.

Fonte: HICKMAN, C. P.
Mamíferos In: Princípios Integrados de Zoologia. P.582
Refêrencias:
HICKMAN, C. P. Mamíferos In:
Princípios Integrados de Zoologia. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Koogan
LTDA, 2010, p.578- 605.
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